Os cybercriminosos que lidam com práticas de ransomware, estão cada vez mais visando oportunidades no Extremo Oriente para capitalizar potenciais novas vítimas. Como grande parte das pessoas interessadas e atuantes no ramo da Segurança da Informação sabe, ransomware foi um fenômeno que surgiu pela primeira vez na Europa e depois se espalhou por todo o mundo. Primeiramente, o foco estava em regiões ricas e de idioma Inglês em todo o mundo. Mas os cybercriminosos cada vez mais tem voltado fortemente a sua atenção para países do Extremo Oriente. Mesmo com um esforço muito grande, atingir um mercado do Extremo Oriente apresenta alguns problemas. Muitos cidadãos do Extremo Oriente não entendem Inglês e se apresentam uma mensagem de pedido de resgate em uma língua estrangeira, eles podem não entender a mesma. Assim, reconhecendo que há um enorme potencial em países como Coréia e Japão para extrair pagamentos de resgate dessas pessoas, os cybercriminosos têm dado o primeiro e mais importante passo para localizar os seus alvos de ransomware para idiomas do Extremo Oriente.
Por exemplo, em dezembro de 2014, foi visto o primeiro caso de ransomware projetado especificamente para atingir usuários de língua japonesa- a partir das atividades de uma variante do TorLocker que foi detectada pela Symantec como Trojan.Cryptolocker. Agora, como mais um sinal desta mudança de estratégia, tem sido possível acompanhar as atividades de uma nova variante de ransomware, que se autodenomina Crypt0L0cker (detectado como Trojan.Cryptolocker.F). Este foi detectado e identificado como uma praga personalizada para, pelo menos, dois países do Leste Asiático. O método utilizado é a infecção drive-by-download, que se dá tipicamente através do uso de kits exploit.